O Procurador-Geral da República, Dr. Luís Landim, reconheceu, esta segunda-feira, que Cabo Verde enfrenta vários desafios de criminalidade organizada transnacional, “com destaque para o tráfico internacional de produtos estupefacientes”, tendo destacado a importância da cooperação com Polícia de Roterdão na formação dos recursos humanos ligados à investigação criminal e no apoio direto na investigação de crimes complexos.
“O cibercrime é transversal e conexo a praticamente toda criminalidade organizada transacional. Crimes conexos com o tráfico de droga, lavagem de capitais, financiamento do terrorismo, corrupção, constituem hoje, preocupações crescentes, não só em Cabo Verde, mas em todo o mundo. Relativamente a alguns tipos de crimes denota-se, com destaque para o cibercrime e a lavagem de capitais, dificuldades na investigação, levando por vezes, a insucessos em situações em que, objetivamente, os crimes ocorreram”, explicou.
Dr. Luís Landim que presidiu a cerimónia de abertura da acção formativa especializada em digital forense, análise e investigação digital e policiamento de proximidade que decorre de 05 a 09 de maio, na cidade da Praia, apoiada pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC), sublinhou que a segurança do país constitui um ativo essencial que deve ser conseguido e mantido a todo o custo. Neste sentido, sublinhou, o Procurador-Geral da República que “o desempenho qualificado de todos é essencial”, assim como “a cooperação internacional e a parceria do UNODC são imprescindíveis”.
Aproveitando o ensejo, Dr. Luís Landim informou que a Procuradoria-Geral da República procedeu já à criação de uma Equipa Especial para o combate à criminalidade na Praia, composta por magistrados, investigadores da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional, Oficiais de Justiça, rigorosamente escolhidos, com vista ao combate eficaz desta criminalidade que tem causado muita intranquilidade aos cidadãos.